Canteiros medicinais periféricos — Eliana Rodrigues, Gabrielle Dainezi e Thamara Sauini
Subtítulo: O comunitarismo das plantas
ATENÇÃO!!!
- Exemplares disponíveis para distribuição gratuita esgotados!
- Este livro é um projeto realizado por uma emenda parlamentar e sua distribuição é gratuita
- Os envios se iniciam em 26/03/25
- Não aceitaremos pedidos maiores que 1 cópia, a distribuição deve ser heterogênea
O livro se apresenta como uma celebração da união entre o conhecimento local e o científico, refletindo um processo de construção coletiva que integra saberes transdisciplinares. Ao mesmo tempo, documenta a luta, a resistência e a rica história de pessoas e seus coletivos: viva o comunitarismo que as plantas proporcionam!
CANTEIROS MEDICINAIS PERIFÉRICOS — Org. Eliana R., Gabrielle D. e Thamara S.
(trechos de "Apresentação")
Este livro é resultado de uma iniciativa voltada à valorização e promoção do uso de plantas medicinais nas regiões periféricas da cidade de São Paulo, envolvendo instituições e organizações civis – Governo Federal, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e comunidades e coletivos locais – em um processo colaborativo e transdisciplinar de realização.
Ao longo de três fases (de 2022 a 2024), este projeto engajou-se na criação de canteiros comunitários em espaços urbanos com o propósito de promover a integração entre os conhecimentos científico e tradicional.
Idealizado pelo então deputado federal Paulo Teixeira (atualmente ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), foi viabilizado por meio de aplicação de emendas parlamentares e inspirado em uma experiência de organização autônoma da sociedade, localizada no bairro paulistano Jardim Damasceno (Brasilândia). Nesse território, mulheres vêm se organizando em um coletivo desde 1990, que, entre outras coisas, implantou canteiros de plantas medicinais com o intuito de serem disponibilizadas aos moradores locais.
***
Os moradores dos territórios participaram de várias oficinas e aulas oferecidas pela equipe técnica de profissionais, como etnobotânica, botânica, engenharia agrônoma, farmacêutica. As temáticas envolveram a eficácia, a segurança e o cultivo de plantas medicinais e/ou tóxicas, além da apresentação de técnicas de extração de óleos essenciais e da confecção de cosméticos a partir deles. Além disso, os territórios receberam várias visitas técnicas, durante todo o processo, para que pudessem implantar e realizar a manutenção dos canteiros. Para tanto, foram orientados sobre questões acerca do cultivo, da adubação e do controle de pragas. Por fim, além de idealizarem o presente livro, se organizaram na escrita dos seus respectivos capítulos.
As vivências entre os territórios e a universidade ergueram os potenciais neles já existentes, derivando em realizações concretas e ampliando as possibilidades de prosperidade na autossustentabilidade local.
***
O livro está dividido em duas partes, que se dão em nove capítulos. Entre os capítulos um e seis, cada coletivo compartilha sua história de luta no território e as atividades desenvolvidas no contexto dos canteiros comunitários. O capítulo sete relata como ocorreram os encontros entre a equipe para definição das atividades do projeto na terceira fase, bem como o processo de escolha das “plantas de afeto” dos moradores de cada território. Já os dois capítulos finais oferecem uma abordagem científica: o capítulo oito discorre sobre a eficácia e segurança das plantas medicinais, e o capítulo nove oferece orientações sobre os seus cultivos.
— Eliana Rodrigues e Thamara Sauini